Bem-aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo

16 de julho: Solenidade

 A Ordem celebra hoje a Solenidade da Virgem Maria, Mãe do Carmelo, a quem deve tudo o que é. A Sagrada Escritura exalta a beleza do Carmelo, onde o profeta Elias defendeu, no meio do povo de Israel, a pureza da fé no Deus Vivo. Aí, no início do séc. XIII, nasceu juridicamente a Ordem do Carmo com o título de Santa Maria do Monte Carmelo. Esta invocação, que exprime o conjunto de benefícios recebidos de nossa Padroeira, começou, no séc. XIV, a celebrar-se na Inglaterra com toda a solenidade, expandindo-se rapidamente por toda a Ordem, e atingiu o seu apogeu nos princípios do séc. XVII, quando um Capítulo Geral declarou esta Comemoração como a festa principal e mais solene de toda a Ordem; foi também reconhecida como a festa principal para a Confraria do Santo Escapulário pelo Papa Paulo V. A Liturgia constitui uma ação de graças ao Pai por este dom imenso do seu Amor e, ao mesmo tempo, canta as glórias de Maria na contemplação do seu mistério e da sua missão de Mãe de todos os homens e como Rainha do Carmelo. Os textos litúrgicos expressam o mistério de Maria a partir da experiência espiritual do Carmelo: Maria é a Virgem Orante, modelo de todo o carmelita, na meditação, vivência e pregação da Palavra; Maria é a Mãe Espiritual que acompanha o nosso crescimento até à plenitude de Cristo, desde as águas do batismo até à Glória de Deus.1

A Virgem Maria nas Constituições (n. 27)

Na Virgem Maria, Mãe de Deus e modelo da Igreja, os carmelitas encontram tudo o que desejam e esperam ser. Por isso, Maria foi sempre considerada a Padroeira da Ordem, da qual é também chamada Mãe e Esplendor, e a qual os carmelitas tiveram sempre diante dos olhos e no coração como a “Virgem Puríssima”.
Olhando para ela e vivendo em familiaridade de vida espiritual com ela, aprendemos a estar diante de Deus e juntos como irmãos do Senhor. Maria, de facto, vive no meio de nós como mãe e como irmã, atenta às nossas necessidades, e junto a nós aguarda e espera, sofre e alegra-se.

O escapulário é sinal do amor materno, permanente e estável de Maria para com os seus ir mãos e irmãs carmelitas. Na linha da sua tradição, sobretudo a partir do século XVI, o Carmelo manifestou a proximidade amo rosa de Maria ao povo de Deus, mediante a devoção do escapulário: sinal de consagração a ela, meio da agregação dos fiéis à Ordem e mediação popular e eficaz de evangelização.

Oração: Senhor nosso Deus, que honrastes a Ordem do Carmelo com o título glorioso da Bem-Aventurada sempre Virgem Maria, Mãe do vosso Filho, concedei-nos, a nós que celebramos hoje a sua Solene Comemoração, que, fortificados com o seu auxílio, possamos chegar à verdadeira montanha que é Cristo, que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo.

  1. Fonte: Liturgia das Horas Carmelitana ↩︎
"Deus é comunicativo" (Sta. M. Madalena de Pazzi, O.C)
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