Partilha Vocacional
Sou Maria de Fátima Bandeira, professa perpétua da Ordem Terceira do Carmo de João Pessoa/Pb, e tenho uma interligação e um testemunho muito forte do santo escapulário na minha vida. Cada dia que passa mais tenho certeza do meu chamado para ser uma verdadeira carmelita. Eu louvo e agradeço a Deus por isso.
Por volta de 1970 apresentei um grande problema de saúde (suspeita de um tumor na hipófise) e tive de ir às pressas a Natal bater uma tomografia, já que em João Pessoa o aparelho estava quebrado. Ao chegar de volta do exame o meu esposo perguntou se eu havia encontrado algo em minha bolsa. Fui procurar e encontrei dois santinhos em um cordão marrom. Eu não sabia o que era e ele disse que era um escapulário de Nossa Senhora do Carmo para proteger no resultado do exame. E aquele pequeno escapulário se tornou tão grande em minha vida, pois o resultado do exame provou que não era um tumor e sim um aumento na hipófise que com o tratamento fiquei curada. E para completar a minha alegria, uma amiga que ficou sabendo da história me convidou para entrar na Ordem Terceira do Carmo, a qual me encantou com a beleza e a riqueza do Carmelo. Professei em 1994, recebendo os meus votos perpétuos.
Alguns anos depois eu, meu esposo e meu filho sofremos um assalto à mão armada na casa da praia. Um dos assaltantes colocou a arma na minha cabeça, obrigando a entregar tudo o que ele pedia. Não senti medo, pois naquele momento a presença da Virgem do Carmo e seu filho Jesus era presente o tempo todo em nossas vidas, era muito forte a presença deles em nós. O assaltante também me obrigou a ir à casa da vizinha e mandou que eu pedisse para abrir a porta, mas a vizinha havia fugido e ele ameaçou atirar em minha cabeça. Ele viu a minha calma e desistiu de atirar. Logo chegaram mais três, bastante agressivos, perguntando o que fariam comigo; e o que me mantinha refém disse que não ia fazer nada. Na saída pediu o meu cordão e foram embora no carro do meu filho, mas não conseguiram, pois, o carro atolou na areia.
Ficamos sozinhos, abraçados eu, meu esposo e filho, chorando muito, mas logo sentimos o amor de Deus em nossas vidas. Fomos fazer o boletim de ocorrência e, na volta, a moça que toma conta da casa colocou um objeto na mão do meu esposo, ele passou para minha mão e ao abrir vi o meu escapulário que estava na correntinha que o ladrão levou.
Naquele momento senti que o santo escapulário mais uma vez estava presente em minha vida, nas minhas aflições. Portanto a proteção do santo escapulário é algo concreto, verdadeiro e eficaz em minha vida.
Hoje, dentro da Ordem, eu só tenho zelo por ela, pronta para servir e me tornar uma carmelita melhor, com uma caminhada difícil para minha santificação e passar amor, respeito e perseverança para os meus irmãos carmelitas.
Maria de Fátima Bandeira