Comemoração de Todos os Defuntos da Ordem Carmelita
15 de novembro1
O amor a Cristo e a comum vocação ao serviço da Virgem Maria que unem todos os Carmelitas como irmãos, enquanto, vivem nesta terra, não terminam com a morte, mas levam-nos a interceder com amor de solicitude fraterna pelos Carmelitas que terminaram a sua carreira nesta vida e ainda esperam a gloriosa e imperturbável visão do Senhor Deus da glória.
A oração comum de toda a Ordem implora ao Senhor a misericórdia para todos aqueles que nesta vida foram da família do Carmo, religiosos, religiosas, leigos no mundo, e todos quantos estiveram ligados à Ordem por laços de vocação, de amizade, benfeitores, ou simplesmente unidos pelo Escapulário. Rezamos para que por intercessão de Maria, sinal de esperança certa e de consolação segura, se associem nos Céus, à grande família carmelita dos santos e eleitos que já contempla Deus face a face.
“Se não houvesse a referência ao Paraíso e à vida eterna, o cristianismo reduzir-se-ia a uma ética, a uma filosofia de vida. Ao contrário, a mensagem da fé cristã vem do céu, é revelada por Deus e vai além deste mundo. Acreditar na ressurreição é essencial, para que cada um dos nossos atos de amor cristão não seja efémero nem um fim em si mesmo, mas se torne uma semente destinada a desabrochar no jardim de Deus, e produzir frutos de vida eterna” (Papa Francisco).
“Para uma carmelita a morte não tem nada de espantoso. Vai viver a vida verdadeira. Vai cair nos braços de quem amou aqui na terra sobre todas as coisas. Vai submergir eternamente no amor” (Santa Teresa dos Andes).
Oração: Senhor, glória dos fiéis, concedei o descanso eterno aos nossos irmãos e irmãs defuntos, a quem nos une o mesmo Batismo e a mesma vocação no Carmelo, para que, tendo seguido a Cristo e sua Mãe, possam contemplar-Vos para sempre como seu Criador e Salvador Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Pensamentos de Santa Teresa dos Andes sobre a morte:
- Todos temos de morrer. Tudo passa e nós também. Cada dia nos aproximamos da eternidade. Para quê apegar-nos a coisas que morrem?
- Que diferença imensa existe no modo de considerar a morte de um cristão e daquele que não o é! Este só encontra o vazio, o nada, o frio do túmulo. O cristão encontra o fim do seu desterro, dos seus sofrimentos, o princípio dos seus gozos eternos… Ali está o seu Pai com os braços estendidos para recebê-lo e dar-lhe a coroa. Que paz não dá isso num transe tão terrível como é o da destruição de nosso ser.
- Para uma carmelita a morte não tem nada de espantoso. Vai viver a vida verdadeira. Vai cair nos braços de quem amou aqui na terra sobre todas as coisas. Vai submergir eternamente no amor.
- Quão diferentes são as coisas encaradas sob a luz da morte. Aparecem em toda sua realidade e então, a alma exclama: “Vaidade das vaidades e tudo é vaidade”.
- As riquezas, o dinheiro, os vestidos, as comodidades, as boas comidas, de que servirão em meu leito de morte? De perturbação, nada mais. De que serve um grande nome, os aplausos, as honras, a adulação e a estima das criaturas? Na hora da morte tudo desaparece com este corpo que vai ser bem depressa um vaso de podridão e de corrupção .
- Quando menos se pensa chega a morte. Então tudo desaparece e só o bem se leva consigo.
- Quando será o dia feliz em que, a morte tendo rompido as cadeias do pecado em que nossa alma vive, poderemos dizer ao nosso Deus: “Já não poderemos ofender-te mais e ninguém, nem nada nos poderá separar de Ti”?
- Tenho sofrido muito ao ver o esquecimento em que os homens vivem para com Deus. Vivem em desenfreada alegria, ofendendo-o, sem pensar que cada ano se aproximam mais da morte.
- Dia 13 de Julho. Hoje fiz dezessete anos: um ano a menos de vida, um ano menos de distância da morte, da união eterna com Deus.
- https://www.ordem-do-carmo.pt/index.php/lampejos-carmelitas/863-comemoracao-de-todos-os-defuntos-da-ordem-carmelita-15-de-novembro ↩︎