Comemoração de Todos os Defuntos da Ordem Carmelita 

  • Todos temos de morrer. Tudo passa e nós também. Cada dia nos aproximamos da eternidade. Para quê apegar-nos a coisas que morrem?
  • Que diferença imensa existe no modo de considerar a morte de um cristão e daquele que não o é! Este só encontra o vazio, o nada, o frio do túmulo. O cristão encontra o fim do seu desterro, dos seus sofrimentos, o princípio dos seus gozos eternos… Ali está o seu Pai com os braços estendidos para recebê-lo e dar-lhe a coroa. Que paz não dá isso num transe tão terrível como é o da destruição de nosso ser.
  • Para uma carmelita a morte não tem nada de espantoso. Vai viver a vida verdadeira. Vai cair nos braços de quem amou aqui na terra sobre todas as coisas. Vai submergir eternamente no amor.
  • Quão diferentes são as coisas encaradas sob a luz da morte. Aparecem em toda sua realidade e então, a alma exclama: “Vaidade das vaidades e tudo é vaidade”.
  • As riquezas, o dinheiro, os vestidos, as comodidades, as boas comidas, de que servirão em meu leito de morte? De perturbação, nada mais. De que serve um grande nome, os aplausos, as honras, a adulação e a estima das criaturas? Na hora da morte tudo desaparece com este corpo que vai ser bem depressa um vaso de podridão e de corrupção .
  • Quando menos se pensa chega a morte. Então tudo desaparece e só o bem se leva consigo.
  • Quando será o dia feliz em que, a morte tendo rompido as cadeias do pecado em que nossa alma vive, poderemos dizer ao nosso Deus: “Já não poderemos ofender-te mais e ninguém, nem nada nos poderá separar de Ti”?
  • Tenho sofrido muito ao ver o esquecimento em que os homens vivem para com Deus. Vivem em desenfreada alegria, ofendendo-o, sem pensar que cada ano se aproximam mais da morte.
  • Dia 13 de Julho. Hoje fiz dezessete anos: um ano a menos de vida, um ano menos de distância da morte, da união eterna com Deus.
  1. https://www.ordem-do-carmo.pt/index.php/lampejos-carmelitas/863-comemoracao-de-todos-os-defuntos-da-ordem-carmelita-15-de-novembro ↩︎
"Deus é comunicativo" (Sta. M. Madalena de Pazzi, O.C)
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